FEL. 17. RJ. +  email.
tracker.


01/04   02/04  



20040229

Eu disse que eu estava disco, eu disse.
Se o Tim Robbins não ganhar o Oscar, eu explodo a academia. Eu tô avisando.


A partir de amanhã:
karmacoma.org/fel
(eu disse a partir de amanhã, não insista)
at 21:46
¯ benny benassi - satisfaction



20040228

Eu não sei se eu emagreci ou engordei em Itaipava, mas agora quando eu sento a minha barriga dobra de um jeito tão incômodo. Eca.
at 23:38
¯ coldplay - yellow (acoustic)


Na página principal do Terra tem uma foto de uma bunda enorme e colorida. Na página do Oscar tem uma foto do Fernando Meirelles parecendo o Gollum. A pergunta é: como se faz para mudar de servidor em dois segundos??

Outra: será que sou eu a única brasileira que não torce pelo Fernando Meirelles? Será que eu fui a única que assistiu a (pedante) entrevista no João Gordo? Meo Deos, pessoas, criem neurônios, transformem o glitter em inteligência de alguma forma. Primeira coisa: foda-se o Oscar. Segunda coisa: ele praticamente torturou criancinhas pra fazer um filme bonito, mas sem conteúdo. Vamos lá: o que "Cidade de Deus" te ensinou? Que no Rio há traficantes? Que pessoas dão valor às coisas mais banais que existem? Que há bons atores pobres e negros? Que filme brasileiro pode ser bom? Oquei, mudando a pergunta: o que "Cidade de Deus" te ensinou que você não sabia ainda? Porque se foi só a partir desse filme que você começou a assistir filmes brasileiros, desista. Você não merece mesmo as minhas letras digitadas.

Como as pessoas "vão na onda", cara. Enoja.
at 23:10
¯ travis - the weight


Eu sempre odiei o Mel Gibson.

Não tente roubar isso de mim agora.
at 12:40
¯ matchbox twenty - suffer me



20040227

Eu sumi. Ó, espero que todos tenham reparado. A semana anterior ao carnaval foi realmente impossível e só deu pra ler um ou outro emailzinho de nada. Não respondi nenhum mesmo. E a semana do carnaval (até hoje) não foi passada no Rio de Janeiro e nem perto de nenhum computador. Aliás, mesmo se fosse passada perto de um palm-top que fosse eu não escreveria. Férias são férias, darling, não há nada que pudesse estragar o meu carnaval.

Me apaixonei pelo mesmo segurança de novembro (lembram?), mas dessa vez, apesar dos olhares sexys, descobri que ele é casado e isso é péssimo. Uns vinte e pouco anos e já casado: deveria ser proibido. Outra: o cara me olhou quinze zilhões de vezes e casado: deveria ser espancado. Pela mulher, não por mim, que sou solteira, sem planos de casamento nos próximos cento e oitenta e quatro anos e quinze meses e sou felizinha.

Arrasei corações. É verdade. Escondam a modéstia por um tempinho, deixem a barriga cinco centímetros de fora e vejam o que não acontece a uma garota. Alma lavada e auto-estima cem por cento. Só há o porém de beijos avulsos não permitirem paixões. Aquela história do Cruel Intentions: a única regra é não se apaixonar. Pois é. A minha falta de simpatia com regras serve praí também. Mas preciso de duas ou três semanas para esquecer um certo Ricardo que conheci por aí. Ele era lindo, é verdade. E fofo, é também verdade. Mas Ricardo não é um nome tão incomum que mereça mais de duas ou três semanas. Ricardo Augusto seria, hehe (piada interna que só serve pra mim, não reclame).

O fato é: livros, deveres e resumos que se fodam. Hoje eu vou ler, escrever e comer muito capim, que fiquei sete dias sem comer um troço verde lá. Gente que não gosta de salada sucks. Menos a Paula, porque ela é a mais legal.

PS: Voltei gostando de hip hop, acho bom me aceitarem mesmo assim. Já ouviram "Hey ya!", cara? Já dançaram isso?! Então não reclamem.

PS2: Se a música atual aparecer muitas vezes, respeitem. A não ser que dure mais de duas ou três semanas. Era a que estava tocando, me entendam, vai.
at 19:19
¯ lauryn hill - can't take my eyes off of you


Voltei.

Sentiram saudades?!
at 19:08
¯ outkast - hey ya!



20040215

Ah, me lembrei agora de um dos momentos mais lindos ever: show do Coldplay, Chris no piano e nós cantando juntos Everything's not lost. Essa música dá tanta esperança. Conforta. E esse show foi, de longe, a coisa mais poética que eu já vi.

Rob agora tem trinta e dois anos. Hm.

Lendo a CartaCapital da semana passada (sempre na hora, huh?), eu percebi o quanto eu fiz certo não escolhendo Direito. Tá, ninguém nem sabe que eu já quis fazer Direito, mas quando eu desisti, aos sete anos, de ser atriz, eu decidi ser advogada. E durou até os onze, doze, quando eu decidi ser publicitária, que durou até os dezesseis, quando eu decidi fazer Letras e ser sabe-lá-o-que-der-na-telha. Entonces, mas eu já quis ser advogada. A única área que me atraía era a Criminalista e eu queria mesmo era ser promotora do Ministério Público. Bem, metade dos caras que trabalham di-rei-to no MP estão marcados para morrer. E é difícil você decidir correr esse risco com dezessete anos. Não estou falando que quem quer fazer Direito vai morrer ou que as outras áreas de atuação são medíocres (pelo contrário, são as mais úteis no dia-a-dia), o problema é que nunca me interessaram mesmo.

O mais chato é que, apesar de ouvir Everything's not lost, fica difícil acreditar que tudo vai melhorar quando você descobre que, além de trabalho escravo, prostituição infantil, tráfico de órgãos e contendo os piores indíces de educação, ainda funciona no seu país (seu também, baby) um esquema de pistoleiros incrivelmente bem equipados. É foda não ler Veja, pessoas. Eu realmente queria acreditar no que o Diogo Mainardi e cia. dizem. É foda não ser medíocre.

E viva a falta de modéstia, que domingo não é dia pra isso ;)
at 11:54
¯ coldplay - everything's not lot lost (live)



20040214

Passei a sexta-feira treze assistindo filme de terror: Freddy vs. Jason. Eu demorei para decorar quem era quem e os presentes na sala se irritaram. E, putzgrila, nunca vi um filme mais lado bê do que esse. É verdade que a paciência para ver um filme de terror inteiro nunca existiu, mas esse ultrapassa todas as expectativas do trash. O sangue é terrivelmente tinta guache. Até eu faço um filme melhor do que esse. Não vejam, cara. O segundo filme foi Jackass, the movie, provando que havia meninos na platéia. O filme só levanta uma pergunta: por que um cara bonitinho (e gostosinho) como o Johnny Knoxville precisa ser tão babaca daquele jeito!? Mas eles abraçando um tubarão baleia é tão fofo, eu fiquei com vontade de fazer igual.

Não contei, mas o Marcos (Tim) me chamou de "minha querida" ontem. Aww, cara, que coisa mais fofinha. O Marcos e o seu relógio de bicheiro. É lindo.

Que tipo de pessoa se apaixona em uma sexta-feira treze?!

Sabe quando você fica tão sem graça que você não sabe o que fazer? Então. Não há manual no mundo que te explique o que fazer. Não em português, ao menos.

Ah, tirei B no FCE. Que ótimo, cara. Tirando o "writing" ter ficado em "borderline", quase "weak", tá tudo bem mesmo. Fiquei arrependida de ter aceitado o convite dela depois dessa. WEAK.
at 17:52
¯ matchbox twenty - shame


Happy birthday, Mr Thomas.

at 17:29
¯ matchbox twenty - push (a)



20040212

Romantiquinha.

É incrível como eu gosto do Robbie, cara. Eu gosto tanto (e sei tanto sobre ele) que não consigo chamá-lo mais de Rob Thomas. Assim, falando pros outros, eu até digo nome e sobrenome, mas escrevendo e pensando é só Robbie e ponto. Porque eu acho que você pode chamar só de Robbie (às vezes Rob) uma pessoa sobre a qual você sabe as coisas mais importantes. E eu sei, mesmo não o conhecendo. E não, cogumelo, não falo de onde ele mora, quantos anos tem, de que comida ele gosta. Não. Falo de conhecer os movimentos do corpo e de saber quando (e porquê) ele aperta os lábios, e saber que ele sempre tem que por a mão no peito quando canta, e que ele odeia ver alguém cantando as músicas deles, e que ele fica sem jeito quando ouve que é bonito e/ou sexy (seja quem for que fale), e que ele ama a mulher acima de tudo, e que ele saiu de casa aos dezessete "porque sabia que tinha coisas pra fazer", e sei que ele adora as três argolinhas que ele usa nas orelhas, e que ele sempre briga com o Paul, por ter mania de mandar em todo mundo (just like me!), e que ele nasceu sim na Alemanha, mesmo sendo em uma base militar. E também sei mil outras coisinhas, detalhes que parecem bobos, mas que eu acho que fazem você conhecer alguém de verdade. E é claro que eu convivo (não bem, mas convivo) com a idéia de que ele não sabe nada sobre mim. Pior: ele não faz nem a mais vaga idéia que eu existo. Mas isso também não me importa. Eu nunca pedi nada em troca mesmo.

Só sei que eu não sabia que ele podia ficar sexy do que no Storytellers. E ele conseguiu: na Pre-Grammy party, cantando com a Maroon 5, usando um chapéu preto, gravata e aquele "colete" que usa-se embaixo do smoking. Isso eu não sabia. Mas descobri hoje.
at 18:47
¯ rob thomas & maroon 5 - harder to breathe



20040211

Coldplay? Verve? Radiohead? Matchbox Twenty? Travis? White Stripes? Oh, dúvida cruel, o que ouvir? Deus, obrigada mais uma vez por ter colocado tanta gente competente assim no mundo. You're lovely ;)

Não vou falar do vestibular. Não vou.

Te enganei, haha. Não, brincadeira. Eu realmente não vou falar do vestibular.

Eu acho que eu vou perder a impressão digital do dedo indicador da mão direita. Eu tenho escrito muito (por um motivo que eu não vou comentar; é, eu não vou falar do vestibular mesmo) e o meu calo no "seu vizinho" cresce a cada minuto (e dói, cara), mas o problema agora reside no dedo indicador. Eu escrevo fazendo muita força, então encravo a unha do polegar no indicador, fazendo com que eu sinta uma dor filhadaputa e que a minha impressão digital fique ligeiramente prejudicada. Isso completando uma semana de aula. Hm, ainda me faltam duzentos dias letivos.

O Afonso disse que estava com saudades! Cara, eu realmente não posso ter namorado. Eu sou apaixonada por quatro caras trinta anos (o mais novo deles) mais velhos do que eu. Acho que nenhum homem aceitaria me dividir com tanta gente assim. E amanhã tem Tim Robbins :D

Cinco caras! Tinha esquecido do doutor Adylson (absurdo).

Sabe, no fundo, eu não quero abandonar tudo. Só, assim, bem no fundo.

Matchbox Twenty. Thanks again, Deus ;)
at 19:46
¯ the verve - bittersweet symphony



20040210

3 tempos do Charles realmente mexe com uma pessoa qualquer: muda o meu humor, cara. É verdade que os dias de aula serão cansativos e que as minhas olheiras chegarão aos meus pés (elas andam chegando na ponta do nariz, porque não há mais para onde se expandir), mas os meus professores são os mais lindos e brilhantes. Charles, Ira, Afonso (amanhã), Marcos (Tim), Margot, Balta, Miguel, Telma.

As pessoas andam desistindo de me alertar sobre "morrer de fome" fazendo Letras e Museologia. Mein Gott, não agüentava mais mesmo. Coisa mais sem criatividade isso de ficar fazendo Direito, Medicina, Direito, Medicina, Engenharia, Direito, Medicina. Aff, há outras profissões no mundo, pessoas. Há mesmo.

Ela passou (alguém está surpreso?!). E agora me dá licença porque eu tenho história grande pra ler :D
at 18:52
¯ coldplay - the scientist



20040209

Nenhum leitor tem senso, né? Um post depois de reclamar dos erros crassos, eu escrevo mecham e ninguém ri, só mandam emails dizendo que eu errei. Tudo bem, acabaram-se as piadinhas. Juro.

E amanhã eu tenho três tempos do Charles :D
at 18:59
¯ matchbox twenty - push



20040208

Eu não consigo mais ver televisão.

Odeiei o novo formato do blogger.
at 21:31
¯ matchbox twenty - downfall



20040207

Fui ver "Narradores de Javé" e o filme é ótimo. Vale a pena de verdade. É super divertido e interessante. E os atores são maravilhosos, o que ajuda bastante. Espero que vocês mecham a bunda gorda, hehe.

Um bando de inseguranças e medos vieram não sei de onde. O problema é que eles parecem ter gostado do ambiente. Pelo o que eu vejo, eles não pretendem sair :/
at 23:35
¯ radiohead - fake plastic trees


Eu odeio gente que escreve "talves" e "óssio". Odeio gente que não dá o menor valor a Língua Portuguesa. Aliás, esse tipo de gente me irrita e me dá vontade de bater. Hm, passou a raiva agora.

E hoje eu vou ver "Narradores de Javé".

Ridículo "Cidade de Deus" voltar ao circuito. Ai, ai, tanto filme bom para estrear e eles voltam com esse troço clichê do Fernando Meirelles. Há pouco tempo eu disse que eu odiava a previsibilidade das coisas. Continuo odiando.
at 14:08
¯ garbage - cherry lips



20040206

In the church one day you will get hurt
In the school teacher's such a fool

And if they would ever come round here
They would ever come
Blame it on my style
Take a pill
Don't tell me how to feel


Bad news and tunes
Sing it from the high
Singing some sad song

Uncle Sam, playing in the sand
Understand, hold my hand
Time is never gonna stop running
Never gonna stop
Take me to the top

Of the trees
Don't take me for a cracked window pane

Bad news and tunes
Are shining from the high
Singing some sad song

Don't rehearse, this is the last verse
In the hearse, going through your purse
And if they would ever laugh, not here
They would ever laugh
Blame it on my style, once again

Don't take me for a ride
In the rain

Bad news and tunes
Shining from the high
Singing some sad song
at 19:29
¯ travis - some sad song


9 (no-ve) emails para responder

A minha mão já está doendo e o meu colégio me enlouquecendo. Tá, tá, exagero, mas as aulas à tarde começam semana que vem, e não depois o Carnaval, como o esperado por mim. Caraleo: tudo isso pra meia dúzia de provas no fim do ano: é brincadeira.

Apesar de tudo, ontem teve aula do Charles (grande amor da minha vida) e ontem eu conheci o meu mais novo amor: o professor de Matemática (Marcos). Pra começar que ele é o Tim Robbins falando português e depois que ele dá a aula mais fofa e o óculos dele é quadrado :~) Agora o Afonso e o Charles terão que dividir a minha atenção e o meu amor. E vocês não querem ler isso. Parágrafo.

Hoje tem festa de um ex-professor (que ama a Ana) de noite. Vamos cruzar os dedos e pedir para o Afonso ir? Ah sim, eu não quero mais um namorado por enquanto. Uma noite só e tá ótimo.
at 14:17
¯ radiohead - idioteque



20040205

Eu não sei se eu reclamo dos estudos ou do calor. Ou dos alunos MY EGO - MY LIFE. Ó, dúvida cruel.
at 18:33
¯ r.e.m - find the river



20040204

O consolo, Pri, é que ela agora está junto do Caio, rindo e conversando e talvez até escrevendo. É, é esse o consolo, eu acho.
at 19:23
¯ radiohead - yes I am


Começou, então. E não há Stereophonics alto que me faça esquecer isso. Porque o vestibular patatipatatá. Eu não estou reclamando logo no primeiro dia de aula. Eu não sou uma chata sem esperanças. Não, eu não estou aqui escrevendo isso.

O probleminha da turma "especial" é que só há dois tipos de aluno: o MY EGO - MY LIFE e o que ainda não entendeu o nome da turma (o segundo tipo é a nata da nata, ou seja, é composto por três ou quatro apenas - eu estou no segundo tipo, plis). É insuportável. Porque todos sabem responder tudo, todos têm obeservações importantíssimas (!!), todos são os destaques, todos têm mamãe e papai em casa fazendo-os acreditar nisso. Tão jovens e tão prepotentens. Onde raios esse mundo vai realmente parar? É uó do chato ter que ficar ouvindo "mas, professor" o tempo todo que eu passo naquele inferninho particular. Gah!

E não é pouco. Não, não. Não é pouco mes-mo. Vamos ver meu horário?!
Seg: 7hs - 12h20 *
Ter: 7hs - 16hs **
Qua: 7hs - 16hs
Qui - 7hs - 16hs
Sex - 7hs - 12h20
* quinzenalmente haverá testes de todas as matérias, a partir de 13h30
** há um intervalo entre 12h20 e 13h30 (afinal de contas, precisamos comer)

Eu sei que os cursos que eu quero fazer (LETRAS ALEMÃO e MUSEOLOGIA - pra ninguém ficar perguntando o ano inteiro) têm uma baixa relação candidato/vaga, mas, só para passar de ano, eu vou ter que estudar muito. Portanto, isso não deixa de ser uma carta a vocês, amiguinhos. Porque emails agora só durante o fim de semana. Eu sei que não parece tão apertado assim, mas há o curso de alemão, as andadas na Lagoa (preciso ver o mundo e não só gente e provas) e também há terapia (que será mais útil do que nunca). Desculpem mesmo, mas terei que virar uma ves-ti-bu-lan-da, por mais escrota que essa palavra seja.

E se você também está se perguntando quando eu vou ler os meus preciosos livrinhos: bingo! Eu também estou :/
at 19:17
¯ stereophonics - mr. writer



20040203

É, eu não respondi email nenhum e eu sou a pior pessoa do mundo. Me odeiem, mas é que tive que aproveitar ao máximo the last one (PRAIA).

Amanhã eu estarei de volta ao inferninho particular diário. Ótimo pra algumas pessoas que dizem se divertir (sádicas?) às custas da minha irritação e falta de sorte. Ótimo, ótimo. Voltarei a ouvir perguntas idiotas. Voltarei a ver gente feia às sete da manhã. Voltarei a olhar pra cara de pessoas sujas. Voltarei a acordar às seis da manhã. ETC.

Porém:
- tem Charles :D
- tem Afonso-lindo-gostoso :D
- tem pessoinhas fofas *saudades*
- tem o cartão VIP que a turma "especial" me concede
- tem o Well :D

E eu vou voltar a estudar Literatura e História e Geografia :)

Oquei, oquei, ainda assim, seis da manhã é fodinha.
at 21:04
¯ no doubt - sixteen


E quanto mais eu vejo o estardalhaço em cima de "Invasões bárbaras", eu entendo porque ninguém fala uma linha sobre "Em nome de Deus" em lugar nenhum. E, puta, que filme foda. FO-DA. Faria todos aí olharem pra dentro de verdade e rever conceitos. E é exatamente por isso que não há uma linha em lugar nenhum. E é por isso que não há Oscar para "Em nome de Deus". Nem para o Peter Mullan.

A previsibilidade das coisas também te incomoda?!
at 16:07
¯ stereophonics - nothing compares to you


Quando eu saí do cinema, depois de "Invasões bárbaras", eu realmente pensei que o filme era bom. Eu vi há muito tempo e sei que o filme continua em cartaz há meses, mas a minha opinião mudou tanto. E não é porque virou pop ("Adeus, Lênin!" também virou e continua no meu top5 - aliás, ponha tudo o que eu vou escrever sobre o filme ao contrário em "AL!"), mas porque eu comecei a ver pessoas que não mexiam a bunda para ir ao cinema, não só indo, mas também dizendo que o filme era muito inteligente.

Mentira um. Não achei o filme inteligente. Quando eu vi e disse que era bom, eu disse isso porque eu achei sensível e interessante (cuidado com essa palavra). Mas eu nem tinha amadurecido a idéia direito e agora, meses depois (ando lerdinha, verdade), eu me dei conta sobre o que é o filme. Vai, quase todo mundo viu, eu acho que eu posso falar sem ser assim uó da chata.

O pai do menino, que está com uma doença terminal (provavelmente câncer, não lembro), começa a reunir amigos e a mãe manda chamar o menino, que no momento está morando na Inglaterra. (O filme se passa no Canadá, btw.) E o cara é lindo, saradão, tem uma namorada linda, um emprego ótimo, é rico e etc etc etc. E o pai é um merda quase. Tá, é um professor e tem as suas qualificações, mas, no fundo, ele começa a se modificar, por ser um merda como pessoa. E eu acho muito triste mostrar que "tudo" ficou assim.

Porque é mentira. Porque isso faz a pessoa sair do cinema com a mão passada na cabeça: oquei ser escroto, capitalista ao cubo e cagar pro coletivo. Tudo bem, tudo bem, todos acham que Comunismo é dividir a própria casa com o número de famílias correspondente ao número de quartos na casa. E há também os que acham que os comunistas comem criancinhas. Mas, cara, antes havia opções. E é isso que vocês não entendem. É óbvio que ainda há a opção ideológica, mas mesmo sendo comunista ou socialista ou anarquista (whatever), você é obrigado a viver em uma sociedade vazia e individualista, em que se você cair ou continuar andando não fará a menor diferença.

E pode ser que comunistas comam criancinhas, mas é melhor do que matar famílias inteiras. De fome. Por inanição.

Mas foda-se. Não é a sua mesmo, é?!
at 15:58
¯ matchbox twenty - hand me down